Universidade Federal do Pará, campus do Guamá. Beira do rio. Alunos, entre outras figuras, em descontraídos bate-papos, ou estudando, ou namorando, ou... apenas apreciando a beleza da orla universitária! Barquinhos e canoas num vai-e-vem durante todo o dia compõem a paisagem. Por vezes uns pô-pô-pôs barulhentos, outras vezes alguns silenciosos. Barcos que, pegando carona na correnteza do rio, transportam pessoas e mercadorias. De onde eles vêm? Para onde vão? Por todo dia, essa é a cena que vemos: Crianças e adultos, ribeirinhos da redondeza, que precisam se deslocar atrás de comida e trabalho, ou apenas para transportar pessoas e mercadorias e pegam carona no rio. São pescadores e trabalhadores de pequenos portos situados às margens do rios Guamá, Bigojó e Guajará. Assim é o dia-a-dia de quem vive numa outra periferia da cidade, a periferia ribeirinha.
"Eu venho quase todos os dias de canoa, lá do Cacau, para deixar açaí e comprar alguma comida mais aqui pra frente”, conta Nazareno dos Anjos, de 15 anos, que parou de estudar
na segunda série do fundamental para ajudar a família, tirando açaí e palmito nos açaizais da redondeza, e entregando em portos como o da Palha, vizinho à UFPA. “Agora que chegou o inverno, fica difícil conseguir comida porque o açaí fica escasso e a gente fica sem dinheiro...aí a gente fica sem comida, mas às vezes a gente dá um jeito”, lamenta.
na segunda série do fundamental para ajudar a família, tirando açaí e palmito nos açaizais da redondeza, e entregando em portos como o da Palha, vizinho à UFPA. “Agora que chegou o inverno, fica difícil conseguir comida porque o açaí fica escasso e a gente fica sem dinheiro...aí a gente fica sem comida, mas às vezes a gente dá um jeito”, lamenta.As feiras da periferia não são abastecidas apenas pela Ceasa, pois existem ribeirinhos, comerciantes de produtos diversos que vão de carvão ao peixe fresco, de enlatados e farinha de mandioca a coco verde, que precisam fazer seus produtos chegarem a outros comerciantes e consumidores, por meio de um transporte mais barato.
Esse transporte alternativo, canoa ou barcos maiores, é uma saída para quem não tem dinheiro de ônibus ou quer fazer seu produto chegar ao destino mais rápido. O valor da “passagem” é cobrado na base da amizade. Quando o dono do barco não conhece o passageiro, é cobrado em torno de R$ 1,00 ou não, dependendo da distância percorrida. E os destinos são os mais diversos e desconhecidos, como Tanquã, Paciência e Cacau, chegando, às vezes, perto da ponte da Alça Viária.
Esse transporte alternativo, canoa ou barcos maiores, é uma saída para quem não tem dinheiro de ônibus ou quer fazer seu produto chegar ao destino mais rápido. O valor da “passagem” é cobrado na base da amizade. Quando o dono do barco não conhece o passageiro, é cobrado em torno de R$ 1,00 ou não, dependendo da distância percorrida. E os destinos são os mais diversos e desconhecidos, como Tanquã, Paciência e Cacau, chegando, às vezes, perto da ponte da Alça Viária.


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